terça-feira, 17 de abril de 2012

Receita de picadinho de tartaruga


Ingredientes
 1 limão cortado em 4 partes
 1 litro de águaImage
 1,2kg de filés de tartaruga
 4 dentes de alho inteiros
 Pimenta do reino a gosto
 Sal a gosto
 1/3 xícara (chá) de azeite
 2 cebolas picadas
 4 dentes de alhos picados
 3/4 xícara (chá) de extrato de tomate
 15 folhas de alfavaca rasgadas
 4 xícaras (chá) de água
 1 1/3 xícara (chá) de ervilhas frescas

Modo de preparo
 No liquidificador, bata o limão com a água.
 Coe, adicione 4 dentes de alho inteiros, pimenta do reino e o sal.
 Deixe os filés de tartaruga nesse tempero por 20 minutos.
 Tire os filés, enxague-os e corte-os em cubinhos.
 Em uma panela, aqueça o azeite e refogue a cebola e o alho picado.
 Acrescente a carne e misture.
 Acrescente o extrato de tomate e a alfavaca picada.
 Adicione a água e cozinhe por cerca de 40 minutos, até o molho ficar espesso.
 Acrescente as ervas frescas, cozinhe por mais 5 minutos e sirva.
Rendimento: 6 porções

Tempo de preparo: 1 hora e 10 minutos

Dificuldade: Média

Porquê, Porquê,Porquê e Porquê


 
Com tanta outras variedades tinhas que escolher a carne da tartaruga?

    "Tartarugas marinhas estão entre as espécies as mais ameaçadas do mundo. A maior ameaça a elas é o roubo dos ovos, a destruição das áreas de reprodução e a pesca, por acidente, em redes, ou para uso culinário".

Proteger para não comer mais.

 O cenario de Cabo Verde


Embora todas as espécies de tartarugas marinhas sejam oficialmente protegidas de acordo com as leis de Cabo Verde, estas estão expostas a múltiplas ameaças. As ameaças principais são a matança de fêmeas de tartaruga boba (Caretta caretta) quando estas vêm as praias a desovar, e a destruição da sua praia de desova devido á construção descontrolada como resultado de um desenvolvimento turístico rápido e massivo.
    As tartarugas marinhas boba estão ameaçadas de extinção – tal como todas as outras espécies - e alistadas no apêndice I da CITES (a convenção que regula o comércio internacional de espécies de fauna e flora em vias de extinção) assim como na lista vermelha do IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza). A população reprodutora de tartaruga marinha boba em Cabo Verde é estimada como a terceira maior população no mundo após as populações de Oman e do sudoeste da Florida, nos Estados Unidos. Até 90% da desova desta espécie ocorre na ilha da Boavista, a maior das ilhas orientais com uma área de aproximadamente 620 km.

Graças a projectos como:


 A SOS Tartarugas  patrulha as praias do Sal, em alguns casos retirando ovos depositados em zonas de risco e colocando-os em incubadoras. Campanhas de sensibilização para o risco dos veículos nas praias, voluntariado, actividades e melhor de todos é o engajamento das entidades da aliança e parcerias com o governo local, outras organizações não governamentais para a conservação, e mais importante ainda, com a comunidade local.

terça-feira, 10 de abril de 2012

BIODIVERSIDADE- Suporte da vida na terra

As ameaças à biodiversidade continuam a surgir a cada passo que damos. Qual é, na sua opinião, o principal ou os principais fatores de ameaça à biodiversidade?
Três razões principais justificam a preocupação com a conservação da diversidade biológica. Primeiro porque se acredita que a diversidade biológica seja uma das propriedades fundamentais da natureza, responsável pelo equilíbrio e estabilidade dos ecossistemas. Segundo porque se acredita que a diversidade biológica representa um imenso potencial de uso econômico, em especial pela biotecnologia. Terceiro porque se acredita que a diversidade biológica esteja se deteriorando, inclusive com aumento da taxa de extinção de espécies, devido ao impacto das atividades antrópicas.

Quais as principais ameaçam à biodiversidade?

Para as taxas alarmantes de degradação de habitats e de extinção de espécies, identificam-se as seguintes ameaças à biodiversidade:

Perda e fragmentação de habitats- A mudanças na utilização dos solos, que fragmentam, degradam e destroem os habitats. Esta mudança de afetação deve-se, principalmente, ao crescimento demográfico e ao aumento do consumo por habitante, dois fatores que irão intensificar-se no futuro e gerar maiores pressões;

Contaminação da água, do solo e da atmosfera por poluentes- As alterações climáticas, que destroem certos habitats e organismos, perturbam os ciclos de reprodução, obrigam os organismos móveis a deslocar-se, entre outras ações que matam e corrompem os seus habitares. Por exemplo: Na Suécia, a poluição e a acidez das águas impede a sobrevivência de peixes e plantas em quatro mil lagos do país;
  • Introdução de espécies exóticas- Espécies exóticas invasoras desconhecidas podem contribuir para a extinção das espécies endémicas;

  • Exploração excessiva de espécies de plantas e animais- A exploração excessiva de algumas espécies também pode causar a sua completa extinção. Por causa do uso medicinal de chifres de rinocerontes em Sumatra e em Java, por exemplo, o animal foi caçado até o limiar da extinção;
  •  Outras pressões importantes são a sobre exploração dos recursos biológicos; a difusão de espécies alóctones invasivas; a poluição do ambiente natural e dos habitats; a mundialização, que aumenta a pressão devida ao comércio, e a má governação (incapacidade de reconhecer o valor económico do capital natural e dos serviços ecossistémicos);
  •  Uso de híbridos e monoculturas na agroindústria e nos programas de reflorestamento;

  • Corte e colheita de produtos florestais é uma grande ameaça às áreas de floresta Controlo do fluxo através de Barragens tem um impacto negativo na biodiversidade;

  • A caça (para subsistência ou troféus) é contínua e quase incontrolável em algumas regiões da Angola,  Africa do Sul, . A insegurança que esta situação representa prejudica a gestão das áreas protegidas e a prevenção da caça ilegal;
  •  Limites de parques, fronteiras internacionais e assentamentos humanos, particularmente ao longo dos rios, bloqueiam as rotas anuais de migração dos animais;
A biodiversidade deve ser protegida devido, pelo valor intrínseco: a natureza está na base de numerosas atividades recreativas, turísticas e culturais; pelos serviços ecossistémicos que presta: a natureza fornece-nos os elementos necessários à nossa vida e ao nosso bem-estar (alimentos, medicamentos, água, ar, etc.). Existe um limite para a capacidade de substituição, pelo engenho humano e pela tecnologia, desses serviços naturais.
Para além disso, o valor da informação genética que reside nas espécies conhecidas e desconhecidas da ciência poderão vir a desempenhar um papel importante no futuro, aumentando a resistência dos ecossistemas à perturbação humana.
A diversidade biológica está presente em todo lugar: no meio dos desertos, nas tundras congeladas ou nas fontes de água sulfurosas. A diversidade genética possibilitou a adaptação da vida nos mais diversos pontos do planeta. A biodiversidade varia com as diferentes regiões ecológicas, sendo maior nas regiões tropicais do que nos climas temperados. As plantas, por exemplo, estão na base dos ecossistemas. Como elas florescem com mais intensidade nas áreas húmidas e quentes, a maior diversidade é detetada nos trópicos, como é o caso da Amazônia e sua excecional vegetação.


 
Millennium Ecosystem Assessment (2005) "Causes of Biodiversity change", pp. 8-10.
Millennium Ecosystem Assessment (2005) "What are the current trends and drivers of biodiversity change and their trends", pp. 42-59
http://www.slideshare.net/Grupo2apcm/principais-ameaas-biodiversidade-6433535
http://www.cmodemira.pt/PT/Viver/Ambiente/DesenvolvimentoSustentavel/Biodiversidade/Paginas/default.aspx
http://www.duke.edu/~mmv3/biocon/documents/04_Ameacas1.pdf

”A conservação da natureza talvez seja uma pré-condição do crescimento económico, já que o consumo futuro depende em grande parte do enfoque de capital natural. A conservação é, sem dúvida nenhuma, uma pré-condição de desenvolvimento sustentável, que une o conceito ecológico da capacidade de sustentação aos conceitos económicos de crescimento e de desenvolvimento”
                                                                                                          A. McNeely Jeffrey, 1988